'Lote ruim' ou design defeituoso? Compass Mining sinaliza problemas com novos mineradores ASIC

A mineradora de Bitcoin não sabe por que a Bitmain mudou o design dos S19 Antminers.

A empresa de mineração de Bitcoin Compass Mining afirma ter encontrado “três problemas” no design ASIC dos dois novos mineradores Antminer S19, unidades que são usadas principalmente para minerar Bitcoin (BTC).

Esses problemas podem resultar no superaquecimento das máquinas e, em alguns casos, na quebra completa.

A equipe de operações de mineração da empresa alertou em sua postagem de 6 de março que “os mineradores precisam estar prontos”, especialmente aqueles que compraram os Antminers S19 90T e S19 XP fabricados a partir de 2022.

Bitmain mudou seu design ASIC. Os mineiros precisam estar prontoshttps://t.co/cs8z96lR1L pic.twitter.com/2NN4O3sEfP

Embora a empresa tenha declarado que “outras versões também poderiam ser afetadas”, as três falhas que a empresa identificou resultaram da falta de um controlador de interface periférica (PIC) nas unidades, da implementação de revestimento de alumínio em vez de material laminado e do agrupamento componentes em apenas um lado da placa.

De acordo com a Compass Mining, controladores de interface periférica, ou PICs, são usados ​​para controlar e monitorar uma variedade de dispositivos e sistemas em todos os tipos de eletrônicos. Nos ASICs, eles são usados ​​para fazer interface com hashboards individualmente, em vez de abordá-los como uma unidade.

Isso, no entanto, foi removido no projeto mais recente, disse a empresa.

A Compass Mining explicou que essa falta de PIC significa que se um hashboard falhar, toda a unidade “falhará completamente”.

A mineradora disse ainda que ao implementar o revestimento de alumínio no hashboard, ele pode superaquecer e, portanto, levar a uma “taxa de falhas” maior do que aquelas construídas em placas de circuito impresso (PCBs) – sobre as quais os antigos S19 foram construídos.

Isso levaria a “maiores necessidades de manutenção”, disse a empresa.

Entretanto, a empresa também levantou preocupações sobre a transição da unidade mineira para o alumínio, referindo-se a isso como “negativo líquido”.

“Vemos a decisão do projeto de mudar para revestimento de alumínio em hashboards como um resultado líquido negativo – que aumentará a falha do ASIC e o underhashing, ao mesmo tempo que aumentará os custos de serviço e manutenção”, escreveu.

A empresa também explicou que a presença do alumínio tornaria mais difícil a substituição de chips com defeito:

A Compass Mining disse que percebeu a queda no desempenho pela primeira vez quando implantou o S19 XP em suas instalações parceiras no Texas – que poderia ter sido afetada pela umidade e pelo calor.

Quanto à terceira questão, a empresa observou que a implementação do revestimento de alumínio sem alterar o chassis – a estrutura base do ASIC – também contribuiria para as taxas de falhas mais elevadas.

Como o alumínio emite muito calor, o metal causará “aquecimento convectivo” dentro do chassi, explicou a empresa, antes de propor algumas soluções:

Relacionado:Preços da mineradora Bitcoin ASIC pairando em mínimos não vistos há anos

Outras soluções possíveis propostas pela empresa incluem encontrar firmware de terceiros que permita que a frequência e a voltagem da máquina mantenham níveis razoáveis ​​de temperatura e umidade, a fim de obter mais longevidade das máquinas de mineração.

A empresa, entretanto, reconheceu que eles podem ter acabado de receber um “lote ruim” da Bitmain, observando que é “conhecimento comum” na mineração de Bitcoin não comprar o primeiro lote de ASICs Bitcoin.

“Erros desconhecidos muitas vezes só são revelados com o tempo, por isso é melhor que outras pessoas os descubram primeiro”, afirmou.

O Cointelegraph entrou em contato com a Bitmain para comentar, mas não recebeu resposta até o momento da publicação.

Bitmain Antminers têm sido usados ​​para minerar criptomoedas de prova de trabalho, como BTC, Dogecoin (DOGE) e Litecoin (LTC).

Adicionar reação

Adicionar reação